Mulheres são melhores do que os homens no quesito “Ler a mente” dos outros | TV Aracaju The Mobile Television Network

A “mentalização” é um conceito psicológico usado para descrever o processo de compreensão do que outras pessoas estão pensando. Apesar de podermos não estar cientes disso, usamos a “leitura da mente” todos os dias quando interagimos uns com os outros. ...

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Mulheres são melhores do que os homens no quesito “Ler a mente” dos outros

Publicado por: admin
22/02/2021 03:22 PM
Courtesy Pixaby
Courtesy Pixaby

A “mentalização” é um conceito psicológico usado para descrever o processo de compreensão do que outras pessoas estão pensando. Apesar de podermos não estar cientes disso, usamos a “leitura da mente” todos os dias quando interagimos uns com os outros.

 

A leitura da mente é diferente do processo psicológico de empatia. Envolve entender os pensamentos ou conhecimentos de outras pessoas, enquanto a empatia envolve entender as emoções das outras pessoas.

 

Embora os processos estejam relacionados, é importante diferenciá-los para entender como as pessoas atuam em situações sociais e para perceber, por exemplo, a psicopatia. Os psicopatas costumam ser bons a ler mentes, mas maus na empatia. Isso significa que podem manipular os outros enquanto permanecem emocionalmente desligados das suas ações.

 

A diferenciação entre leitura da mente e empatia também ajuda a compreender condições como o autismo, que estão ligadas a diferenças sociais. Pessoas com autismo geralmente têm grandes dificuldades com a leitura da mente e menos dificuldades em sentir empatia pelas pessoas.

Ter empatia um pouco menor nem sempre é mau, potencialmente ajudando as pessoas a tomarem decisões mais lógicas do que emocionais. Por outro lado, a pior leitura da mente está ligada a problemas como dificuldade de fazer amigos e à saúde mental.

 

Para melhorar a ciência da leitura da mente, uma equipe de investigadores desenvolveu um questionáriopublicado na revista científica Psychological Assessment, que separa cuidadosamente a leitura da mente da empatia.

 

Usando dados de mais de quatro mil pessoas no Reino Unido e nos Estados Unidos, incluindo pessoas autistas e não autistas, a equipe descobriu que apenas quatro perguntas devem ser usadas para medir a leitura da mente.

 

Os psicólogos usaram os seus próprios dados para realizar análises estatísticas avançadas que nunca foram realizadas antes na leitura da mente humana. Os resultados mostraram que o teste é confiável e que homens e mulheres, assim como autistas e não autistas, interpretaram as questões da mesma forma, o que significa que pode ser usado para comparar com precisão esses grupos nas suas habilidades de leitura de mentes.

Mulheres são melhores do que os homens

A equipe descobriu que as mulheres eram melhores em ler mentes do que os homens. As pontuações das mulheres foram apenas ligeiramente – mas muito consistentemente – superiores às dos homens em toda a amostra.

 

Porém, a razão para as diferenças de sexo na leitura da mente é uma questão de debate. Alguns argumentam que se deve principalmente à genética ou hormonas, enquanto outros acreditam que são o resultado de fatores ambientais, como a educação.

 

O estudo mostrou também que pessoas com autismo relataram substancialmente mais dificuldades de leitura da mente do que pessoas sem autismo. A pontuação média de uma pessoa autista cairia nos 25% mais baixos das pontuações de não autistas.

 

Por outro lado, muitas pessoas com autismo, por exemplo, trabalham muito para “compensar” as suas dificuldades de leitura da mente, indicando que têm motivação social intacta ou elevada.

 

O desenvolvimento do questionário pode permitir uma medição mais rápida e precisa da leitura da mente por médicos, investigadores, empresas e até mesmo o público em geral. Isto ajudará a entender completamente por que os humanos diferem na suas habilidades de leitura de mentes. Também será útil compreender e adaptar o suporte para pessoas com condições clínicas, como autismo.

 

A longo prazo, o estudo sobre leitura da mente pode ajudar as pessoas a desenvolver tecnologia para agentes não humanos, como “robôs sociais”, para prever o que estamos a pensar e ajudar-nos nas nossas vidas diárias.

 

Originalmente Publicado por: Planeta ZAP // The Conversation

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